Homilia de Dom Marcus- Abertura da Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maior


III Domingo do Advento- Domingo Gaudete
Abertura da Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maior- Roma
Ano santo Extraordinário da Misericórdia- Habblive Hotel
2020- 2021

Queridas irmãs e queridos irmãos!

Inspirado pelo Espírito Santo, quis o Santo Padre Leão convocar para nós este Ano Santo Extraordinário, contemplando a eterna misericórdia do Pai.

Como sinal visível desta celebração, a Igreja decreta a abertura das Portas Santas nas Principais Igrejas do mundo cristão. Ao passar por ela, somos recordados a continuar em nosso esforço diário para um dia adentrarmos as portas da eternidade feliz com Deus.

Neste terceiro domingo do advento, chamado domingo da alegria, somos convidados a olhar para a intervenção divina na humanidade. Hoje somos nós os chamados a ser testemunhas da vinda do Cristo, comunicando aos irmãos e irmãs seu amor misericordioso que a ninguém exclui. Devemos ser testemunhas da misericórdia de Deus, pois nós a experimentamos em primeiro lugar. E por isso, do mesmo jeito que fomos acolhidos na misericórdia infinita de Deus, temos de ser também portadores dessa misericórdia ao nosso próximo. Isso é o que rezamos: Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido!

Neste sentido, Jesus nos ensina, quando perguntado sobre os limites do perdão:Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. (Mt 18, 22) E em outro momento: “Não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?” (Mt 18, 33).  

Assim, “Jesus declara que a misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para individuar quem são os seus verdadeiros filhos. Em suma, somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para conosco. O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz” (Papa Francisco, Misericordae Vultus).

Dom Marcus Antonius Di Vegesela / Arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior

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